É complicado para alguém da geração de abundância do desbunde, não ser do abundantemente desregrado. Não participar do gesto muitas vezes – e quase sempre – autodestrutivo de cultuação da identidade criada na total falta de identidade; não compartilhar do movimento que transforma a inutilidade em vulto e a criatividade em sombra.
Sejamos objetivos, o homem é o próprio destruidor de si mesmo. Ele busca amarras para se definir, ele compra regras no café da manhã, vícios no almoço e marcas no jantar. Sempre correndo atrás do próprio rabo, engatando em modas risíveis para compartilhar o mínimo de si com o máximo de pessoas. O individualismo sobre a mesa e o altruísmo sob o vaso, ralo abaixo.
O desbunde, o rompimento de amarras, a criação do novo de novo; e o mundo engolindo-se no próprio engodo.
É complicado.
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