quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Doce de coração amargo.

 Uma dose de descontente
Alguns punhados de dor
Desejo mexido e estralado
Faço meu próprio desamor
(Com cheiro de passado)
 
Bons sonhos são bem vindos
Em noites de pouco e raro sono
Requentar memórias e sinestesias
Em dias de ilusão e desengano
(Com sabor de alegria)
 
Extraindo poesia da amargura
Agrura, azia, avarias
Tornando-as em amarula
Azuis, Amarelas, aquarelas
(De texturas variadas)
 
É como a receita começa e acaba
É como se adoece, sem afago
O açúcar pode não fazer bem
Mas faz doce de coração amargo
(Ao som de Belle e Sebastian)
 
Isaac N

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