quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Enquanto no escuro

Queria saber flutuar como uma pluma
Me sentir espuma, levitar.
Da gravidade ser amigo, dos planetas inimigo.
Ser avesso ao chão duro,
E mesmo no escuro, dançar.

Queria ser como a água, líquida
Ser fluida, infiltrada de todo jeito
me esconder nos buracos profundos
de onde espreito os becos e mundos
Testemunho do meu jogo perfeito.

Queria ser a vida para ser pluma e água
Até porque é assim que somos,
Esse é o destino que nos pauta
um astronauta que da superfície
não sente falta pois vive de sonhos.

Queria ser eu para não ser eu
Para não abrir os olhos e enxergar
Poder me afastar do meu centro
Pois lá dentro tem um menino
Que sempre só quis brincar.









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