quinta-feira, 4 de junho de 2020

E as tartarugas, o que acham do Meio Ambiente no Brasil?

Fonte: Projeto Tamar

Os humanos que fazem parte do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, um lugar habitado por muitos humanos, mas também por tartarugas, lobos, onças, rãs e muito gado, deu mais um passo na direção de avançar no projeto de tirania da espécie dos sapiens na semana passada ao anunciar o fechamento de três bases do Projeto Tamar de Conservação de Tartarugas Marinhas (https://www.otempo.com.br/brasil/projeto-tamar-ministro-ricardo-salles-fecha-tres-unidades-1.2343278). O projeto é conhecido por assegurar áreas protegidas para a reprodução dos répteis testudinos e seu fechamento implica em uma maior competição pelos espaços de ninhada e a consequente maior perda de ovos e filhotes indefesos para os predadores naturais.

O fechamento foi interpretado pelos conservacionistas humanos como um duro golpe para as tartarugas marinhas, que assistem ao assalto impune dessas áreas cruciais para estes répteis, cujas espécies enfrentam, em alguns casos, o risco de extinção. As bases estavam localizadas no litoral do que se chama de estados do Rio Grande do Norte, Bahia e Sergipe.

Diversos primatas mais evoluídos se manifestaram contrariamente à medida, apontando que o fechamento faz parte de um desmonte da rede de proteção ambiental do Ministério que hoje é comandado por primatas menos evoluídos. Os ativistas aproveitam para reiterar o alerta sobre a esgotabilidade dos recursos naturais e dos efeitos balanceadores da natureza para buscar o equilíbrio, causando a diminuição das condições de vida dos mesmos humanos que acreditam estar fazendo o bem ao "passar a boiada".

As tartarugas marinhas, por sua vez, estão preocupadas. O Conselho das Tartarugas Marinhas do Planeta Terra, uma organização não governamental composta por tartarugas de todas as espécies, em nota de repúdio, confessou que suas ações têm sido ineficazes face ao constante avanço belicoso dos humanos. Segundo a nota, os golpes são muitos: ano passado foi um derramamento gigantesco de óleo no Atlântico, acompanhado de taxas recordes de despejo de lixo no mar. O aquecimento das águas como consequência do efeito estufa também foi lembrado, pois tal fato impacta toda a cadeia alimentar da maioria das espécies que coabitam os oceanos. Ainda de acordo com a nota, os bebês-tartaruga agora têm menos chances ainda de sobreviver à altíssima taxa de mortalidade infantil que assola as Testudinas no mundo inteiro.

Os humanos do local conhecido como Brasil, acostumados a notas de repúdio, alegam, contudo, que suas ações não são de todo prejudiciais. Sustentam que boa parte dos humanos já não podem usar "canudos de plástico", fato que não foi plenamente compreendido pelas tartarugas, uma vez que, na língua das testudinas, "canudo de plástico" é traduzido simplesmente como "lixo".

O prognóstico não é nada animador a curto prazo, especialmente para as tartarugas, mas diversas organizações não governamentais compostas por animais como lobos, onças, rãs e bovinos tentam acalmar os ânimos e insistem em manter a calma, pois a cobrança do equilíbrio da natureza já está a caminho. Segundo as ONGs, "a conta é alta e os humanos não têm como pagar, logo, recuperaremos nossa paz sem eles", dando a entender uma possível extinção dos humanos. Embora prazos não tenham sido mencionados, as ONGs afirmam que os sinais de que os sapiens estão perdendo a guerra estão em toda a parte e que o processo não deve demorar muito: "não é mais uma questão de 'se', mas de quando e como".



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